Curso Sobre Evangelismo

LIÇÃO 01  -  EVANGELISMO: ATIVO OU PASSIVO

Por: Pr José Mauricio

INTRODUÇÃO: Que tipo de evangelismo estamos fazendo, ativo ou passivo? Estamos apenas observando e orando por aqueles que vão ou nos mesmos estamos indo? Para entendermos melhor esta questão, observe a ilustração que se segue:

    Martinho Lutero tinha um amigo intimo cujo nome era Miconio. Ao ver Lutero sentado dias a fio no serviço do Mestre, Miconio ficou penalizado e disse-lhe: -“Posso ajudar mais onde estou; permanecerei aqui orando enquanto tu perseveras  incansavelmente na luta”. Miconio orou dias seguidos por Lutero. Mas enquanto perseverava em oração, começou a sentir o peso da própria culpa. Certa noite sonhou com o salvador, que lhe mostrou as mãos e os pés. Mostrou também a fonte na qual o purificara de todo o pecado.-“Segue-me!” Disse-lhe o Senhor, levando-o para um alto monte de onde apontou para o nascente. Miconio viu uma planície que se estendia até o  longínquo horizonte. Essa vasta planície estava coberta de ovelhas, de muito milhares de ovelhas brancas. Somente havia um homem, Martinho Lutero, que se esforçava para apascentar a todas. Então o Salvador disse a Miconio que olhasse para o poente; olhou e viu vasto campo de trigo, branco para a ceifa. O único ceifador, que lidava para sega-los, estava quase exausto, contudo persistia na tarefa. Nessa altura, Miconio reconheceu o solitário ceifeiro, seu bom amigo, Martinho Lutero! Ao despertar do sono tomou uma decisão: -“Não posso ficar aqui orando enquanto meu amigo se afadiga na obra do Senhor. As ovelhas devem ser pastoreadas; os campos têm de ser ceifados. Eis-me aqui, Senhor, envia-me a mim”.

    Quantos de nós estamos como Miconio, em casa, de braços cruzados, orando por aqueles que estão na evangelização e achando que estamos fazendo muita coisa! Será que realmente estamos?

    A ordem de ir e pregar o evangelho foi dada por Jesus a todos os cristãos. Então, surge outras perguntas: o que iremos dizer ao mestre quando o0 encontrarmos no dia de sua volta? Que desculpas iremos apresentar? Que não entendemos a ordem, que não  tivemos tempo? Que não nos deram uma oportunidade? Que não havia ninguém para evangelizar conosco? Que... que... que... com tantos qs, certamente iremos ouvir do Senhor: “Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores” (Mt 25.30).

    Jesus nos chamou para sermos úteis em sua obra. E a melhor forma de provarmos nossa utilidade é sem duvida alguma, levarmos a mensagem do evangelho. Esta mensagem é uma verdade redentora para a humanidade em desespero e carente de orientação divina. Quando evangelizamos estamos ensinando as pessoas a amarem e a sentirem as influencias benéficas e transformadoras do Espírito Santo em suas vidas. O alvo final de quem sai a evangelizar é o de colocar os homens  materialistas sob a orientação do Cristo vivo, a fim que eles também possam transmitir a outros, quão maravilhoso é este verbo “que se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” ( Jo 1.14).

    Se cada cristão, realmente assumisse a responsabilidade de transmitir a outros o que Cristo fez por ele, certamente já teríamos alcançado quase todo o mundo para o Senhor. Se existem igrejas que a cada dia crescem assombrosamente, é porque seus membros saem as ruas com o objetivo de ganhar novas almas para o reino de Deus, conforme nos ensina a Bíblia. E não ficam somente assistindo de camarote o mundo se destruindo sem Deus e sem salvação.

    Ficar de braços cruzados é um pecado de desobediência (o IDE de Cristo é uma ordem); também, de omissão (temos nas mãos o remédio que pode curar o mundo tão enfermo); e ainda cooperamos com o raquitismo dentro da igreja, pois o crescimento só se dará através do evangelismo.

    Vejamos um exemplo: “Se uma igreja tivesse no inicio do ano 10 membros e cada um deles assumisse o compromisso de evangelizar, pelo menos uma pessoa por trimestre, no final do ano haveriam 50 pessoas nesta igreja. Começando o novo ano com 50, ela terminaria com 250, e daí por diante. Em dois anos esta igreja teria 2.500 pessoas. Em 10 anos, pasmem, uma única igreja teria resgatado das mãos de Satanás, 16.384.000.00 pessoas (dezesseis milhões trezentos e oitenta e quatro mil) transportando-as para o reino de luz”.

I   Agora, imagine se toda igreja evangélica espalhada no mundo inteiro, obtivesse esse crescimento tão esplendoroso! Com certeza estaríamos vivendo em um mundo diferente, onde o amor de Cristo seria reconhecido pela maioria.

    É por isto, meus amados irmãos, que, em se tratando de evangelismo, não podemos ser passivos, temos que ser ativos; não podemos seguir o exemplo de Miconio, em sua primeira decisão, e sim, imita-lo quando ele decidiu ir, ajudar Martinho Lutero no campo e na obra do Senhor. Faça isto ainda hoje, procure com zelo e fervor cumprir a ordem dada por Jesus, pois é lutando juntos, pela fé evangélica que experimentaremos o gozo de vermos as almas sendo salvas da ira vindoura e transportadas para o reino do filho de Deus.

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“UMA IGREJA COM PROPÓSITOS”

 

Lição 02  -  EVANGELISMO E A ORAÇÃO

Por: Pr José Mauricio

INTRODUÇÃO: Um evangelista afirmou certa vez que a oração era o fator mais importante na evangelização do mundo e que nunca houve um avivamento espiritual sem orações e suplicas.

    A igreja não pode estacionar em sua vida espiritual; ou ela avança inabalável em sua fé, em seu programa evangelistico, ou ela retrocede envergonhada, traindo a sua missão. E nós é que somos os responsáveis por um ou por outro resultado. E para atingirmos o alvo, aquele para o qual a igreja foi chamada, devemos levar uma vida de oração. Quantos estão mergulhados nos vícios, nas drogas, na devassidão deste mundo podre, cada vez mais se afundando na lama do pecado. Não podemos cruzar os braços e nos acomodar diante desta situação.

    É de joelhos que a igreja de Cristo avança. Vejamos a expressão do jornalista Lionel Fletcher: “Todos os grandes ganhadores de almas através dos séculos foram homens e mulheres incansáveis na oração. Certo evangelista tocou-me profundamente a alma quando eu era ainda um jovem repórter um diário local.este evangelista estava hospedado em casa de um pastor presbiteriano. Bati a porta e pedi para falar com ele.o pastor com voz tremula e com o rosto iluminado por estranha luz respondeu:-Nunca se hospedou um homem como esse em minha casa. Não sei quando ele dorme. Se entro no seu quarto durante a noite para saber se ele precisa de alguma coisa,encontro-o orando. Vi-o entrar no templo cedo pela manhã e não voltou para as refeições”. Depois de ouvir essas palavras do pastor,fui a igreja, a procura do evangelista, entrei furtivamente para não perturbá-lo. Achei-o sem paletó. Estava caído de bruços diante do púlpito. Ouvi a sua voz como que agonizante e comovente instando com Deus em favor daquela cidade de garimpeiros, para que dirigisse almas ao Salvador. Tinha orado toda a noite; tinha orado e jejuado o dia inteiro. Aproximei-me do lugar onde ele orava prostrado, ajoelhei-me e pus a mão sobre o seu ombro. O suor caia-lhe pelo corpo. Ele nunca tinha me visto antes, mais fitou-me por um momento e então rogou:-“Ore comigo, irmão! Não posso viver se esta cidade não se chegar a Deus”. Ele havia pregado ali por vinte dias sem haver conversões. Ajoelhei-me ao seu lado e oramos juntos. Nunca ouvira alguém insistir tanto como ele. Voltei da lá assombrado, humilhado, envergonhado e estremecendo. Eu tinha tanto tempo de cristão e nunca havia pensado assim sobre evangelismo.

    Naquela noite, assisti ao culto no grande templo onde ele pregou. Ninguém sabia que ele não comera o dia inteiro, que não dormira durante a noite anterior. Mas, ao levantar-se para pregar, ouvi diversos ouvintes dizerem: “A luz do seu rosto não é da terra!”  e não era mesmo. Ele era conceituado instrutor bíblico, mas não tinha o dom de pregar. Porém, nessa noite, enquanto pregava, o auditório inteiro foi tomado pelo poder de Deus. Foi a primeira grande colheita de almas que presenciei”.

    Vocês gostariam de conhecer quem foi este evangelista?  Foi o grande Moody, que viveu em 1855, pregou para cerca de 100 milhões de pessoas e deixou um saldo de mais de um milhão de almas convertidas ao Senhor. foi o maior pregador do passado. Seu segredo... muita oração. Só isso!

    Alguém perguntou a Jorge Muller, pouco antes de sua morte se ele orava muito, ao que respondeu: “Algumas horas todos os dias. E ainda vivo no espírito de oração; oro enquanto ando, enquanto deito e quando me levanto. Estou constantemente recebendo respostas. Uma vez persuadido de que alguma coisa é justa, continuo a orar até receber. Nunca deixo de orar! Milhares de almas tem sido salvas em respostas as minhas orações...  o grande ponto é nunca cansar de orar até receber a resposta...”

    Savonarola, o precursor da reforma, freqüentemente, ao orar, caia em êxtase. Certa vez, enquanto sentado no púlpito, sobreveio-lhe uma visão, durante a qual ficou imóvel por cinco horas, quando o seu rosto brilhava e os ouvintes na igreja o contemplavam. Houve, neste dia um grande avivamento.  um certo amigo de Martinho Lutero escreveu: “Cada manhã ele precede seus estudos com uma visita a igreja e muita oração a Deus”.

     João Bunyam, grande evangelista e autor do livro “O peregrino”, traduzido em cento e quarentas línguas, o livro de maior circulação no mundo, depois da bíblia, escreveu certa vez: “As melhores orações consiste, às vezes, mais de gemidos do que de palavras...”

    No século 18, após alguns cristãos passarem uma noite em oração, um simples pregador chamado  Jonathan Edwarde, fez um sermão tão tocante que 500 almas se entregaram a Cristo naquela noite. Em 1904, Evans Roberts, convocou sua igreja para orar a fim de realizar um trabalho evangelistico no País de Gales, e o resultado foi a colheita de 120.000 membros para a sua comunidade religiosa.

    Estes são apenas alguns exemplos de como o evangelismo não progride se não for pela oração. Por isto precisamos orar constantemente pelo crescimento da igreja local e mundial. Devemos orar para que os nossos corações ardam de amor pelas almas sem Cristo. Orar pelos pecadores a fim de que se arrependam. Não esqueçam, sem oração o evangelismo nunca terá êxito. “Orai sem cessar”. É a recomendação da palavra de Deus!.

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“UMA IGREJA COM PROPÓSITOS”

 

 

Lição 03  -  EVANGELISMO: A MISSÃO DE TODO CRISTÃO

Por: Pr José Mauricio

INTRODUÇÃO: Todas as pessoas que dizem “sim” para Jesus, devem também, aceitar as suas ordenanças. Não há como seguir alguém sem antes atentar para os seus ensinamentos. Por este motivo Jesus questionou certa vez: “E porque me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?” (Lc 6.46). aos que aceitarem a Cristo como salvador, ouviram também, dele a ordem que diz: “Ide e pregai”. Isto implica dizer que, todo cristão possue a missão de evangelizar. Não importa sua cor, raça, grau de instrução, condição financeira, idade, etc. nada disto deve interferir nesta santa obrigação.

O QUE SIGNIFICA A PALAVRA EVANGÉLHO?   Evangelho significa “Boas-novas”. Evangelizar,  contar ou anunciar as “boas-novas”. As únicas “boas-novas” que conhecemos neste mundo de trevas, sem duvida alguma, é a luz do evangelho de Cristo.  evangelizar corresponde a ação da igreja em levar a mensagem de salvação aos pecadores.  Ele é praticado hoje de varias formas na igreja. De acordo com alguns estudiosos do assunto, os três principais tipos de evangelismo são:

1)-EVANGELISMO EM MASSA – mais conhecido como evangelismo em grupo; as visitações, cultos ao ar-livre, cruzadas, etc.

2)-EVANGELISMO PESSOAL -  individual; quando os cristãos saem para evangelizar os descrentes corpo a corpo, um a um, de casa em casa, na rua, nos transportes, na feira, no passeio; ou mesmo quando eles não saem exatamente para evangelizar, no entanto, não perdem a primeira oportunidade que surge pela frente.

3)-EVANGELISMO DE ALISTAMENTO – na igreja; quando esperamos que o descrente venha fazer uma visita; quando o convidamos para participar de um curso bíblico, freqüentar a escola ou assistir a uma palestra, etc.

QUAL O MAIS EFICAZ DOS TRES?  Certamente o mais eficaz ainda é o “Evangelismo Pessoal”. Porque só este faz que o cristão se levante do seu lugar e vá em busca do pecador, onde ele estiver. Nenhuma estratégia, por mais perfeita que seja, pode substituir com a mesma eficácia o contato pessoal na pregação do evangelho. Jesus e os apóstolos pregaram às multidões, mas nunca desprezaram a evangelização pessoal, por entenderem que a salvação é uma questão individual, que deve ser tratada com as pessoas uma a uma, como fez o Mestre ao escolher os seus discípulos (Mt 4.18-22; 9.9; Jo l. 43-49). Por outro lado, o evangelismo pessoal, é a estratégia mais simples e de menor custo, pois é fruto do amor apaixonado de cada crente pelas almas perdidas.

         Durante o período “Neo-testamentario”, cada cristão da igreja primitiva assumia o compromisso de evangelizar. Eles iam pelo mundo levando a palavra e fazendo de si mesmo, a semente de uma nova igreja, onde quer que se fixasse. A mensagem do evangelho, nem se quer, estava escrita, porem, seus lábios nunca cessaram de proclamá-la. As perseguições e as dificuldades não impediram que ela se propagasse quase de forma “epidêmica”. E em menos de setenta anos, já se havia fundado igrejas em toda Ásia Menor e norte da África e se iniciava também a conquista da Europa.

DUAS PERGUNTAS IMPORTANTES – 1- como a igreja primitiva teve tanto êxito no evangelismo dos primeiros séculos?  2- porque os cristãos do século atual tem feito comparativamente  tão pouco?

         Se levarmos em conta as facilidades existentes, iremos perceber que hoje, tudo coopera para uma evangelização mais intensa e abrangente. Os meios de transportes, de comunicação, a tecnologia da impressão, a facilidade de se aprender outras línguas, a globalização, etc. tudo isto se coloca em favor de qualquer evangelista da atualidade. Na igreja primitiva, porem, apesar da precariedade ser total, os corações pertenciam completamente a Deus e a sua obra. Por isto eles estavam sempre a serviço do Mestre. Ao contrario dos cristãos atuais, não esperavam pelos pastores, obreiros, missionários e evangelistas; era uma missão de todos e cada um tomava pra si a responsabilidade

         Na atualidade, os cristãos pesam que, se estão indo todos os dias a igreja, as orações, a escola bíblica, as reuniões, já estão fazendo a sua parte. Isto  é totalmente suficiente para o reino de Deus. É ai que encontra-se a resposta para a segunda pergunta. O cristianismo moderno se resume a quatro paredes, a espera que um ímpio ou desviado que venha e se converta de seus maus caminhos. É o “evangelismo de Alistamento”, o mais usado, hoje, nas igrejas. Em nada isto se parece com o evangelismo do primeiro século. Eles só possuíam uma preocupação: “falar do único meio de salvação a toda criatura” (At 4.12).

         Quantos de nos realmente estamos preocupados em fazer isto? Esta pergunta  é fácil de ser respondida, só precisamos fazer outra para nos mesmos: “quantos dos meus vizinhos, amigos, conhecidos e até parentes, já ouviram dos meus próprios lábios as “boas-novas” do evangelho?”

         Que a resposta sirva para nossa própria reflexão! O evangelismo é a missão de todo cristão e só estaremos realizados quando  cumprimos esta missão.. Pense nisso!

 

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Lição 04  -  EVANGELISMO PESSOAL: ESTA É A META DA IGREJA

Por: José Mauricio

INTRODUÇÃO- Iniciaremos esta lição revende um dos textos bíblicos que narram claramente o desenvolvimento da Igreja Primitiva: “Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas e juntos participavam das refeições. Com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos” (At 2.46 – NVI)

    A cada dia o Senhor acrescentava alguém a igreja. O numero mínimo de convertidos nos dias do Novo Testamento era de 365 por ano. Pelos menos, um por dia. Será que existe alguma igreja, hoje atingindo este alvo? Fica muito difícil dizer que sim, já que em relação ao primeiro século, o crescimento da igreja está muito lento, nos dias atuais.

    E como poderia a igreja alcançar a medida de, pelo menos, um convertido por dia? Só existe uma maneira de se ver vidas sendo salvas todos os dias e esta formula encontra-se em Atos 5.42: “E todos os dias no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e anunciar Jesus Cristo”. “Todos os dias”, não há outro meio, outro caminho, outra estratégia!  Só através do evangelismo pessoal, todos os dias, é que isto se torna possível.

    Ouçamos o testemunho de Paulo: “Vocês sabem que não deixei de pregar-lhes nada que fosse proveitoso, mas ensinei-lhes tudo publicamente e de casa em casa. Testifiquei tanto a Judeus como a grego, que eles precisavam converter-se a Deus com arrependimento e fé em nosso Senhor Jesus” (At 20.20 – NVI). Isto era sede de evangelismo, amor incondicional pelos pecadores, desejo de vê-los salvos.

    Paulo entrava em uma cidade, evangelizava e dava inicio a uma igreja. Permanecia ali por um pouco a fim de preparar os crentes para a plena vida cristã. Em seguida, avançava para outra cidade, logo que sentia que o novos convertidos já estavam maduros na fé. Por sua vez, os cristãos entravam nas áreas próximas e começavam a fazer aquilo que o apostolo havia feito e lhes ensinado. Deste modo o evangelho ia de casa em casa e de cidade em cidade. Tudo isto sem automóveis, aviões, radio, televisão ou imprensa. Era amor genuíno em realizar a obra do Senhor e desejo ardente de salvar os pecadores. Esse foi o maior avivamento que o mundo já presenciou. E lembrem-se que ocorreu por meio do evangelismo pessoal. Esta é a única e mais eficiente forma de evangelismo que pode atingir cada ser humano em qualquer nação e provocar um avivamento em qualquer época.

    O pastor e escritor Gene Edwards nos conta a seguinte experiência no seu livro, “Assim uma igreja conquista almas”: “Era noite de quarta feira quando entrei numa igreja, localizado no Estado do Texas. A igreja estava celebrando seu quinto aniversario. O pastor estava a quatro anos neste posto. Quatro anos antes, 44 pessoas estiveram no culto para convidar o jovem a se tornar pastor.  Reuniam-se numa garagem, nesta época. Nos quatros anos que se seguiram, a igreja passou de 44 para, nada menos de duas mil pessoas. O orçamento anual da igreja aumentou de seis mil para quase duzentos mil dólares anualmente. A propriedade valia 6 mil dólares no começo. Quatro anos mais tarde, as propriedades da igreja estavam orçadas em um milhão de dólares. Em seus cinco anos de historia a igreja cresceu tanto que por cinco vezes ficou grande demais para seu templo. “Porque essa igreja cresceu tanto e tão rapidamente?” fiz essa pergunta para o pastor, ao entrarmos jun tos no auditório, naquela noite, ao que ele me explicou: no primeiro ano de sua historia, a igreja ganhara dez pessoas para Cristo. Quando o jovem pastor foi empossado... treinou cerca de 10 dos seus obreiros, com o propósito de ganhara almas, e começou a bater de porta em porta. No primeiro ano de seu ministério, a igreja obteve um acréscimo de 150 convertidos. No ano seguinte, mais trezentos. No outro, quinhentos, e no próximo, setecentos e dois. Quando o ano seguinte terminou, foram seiscentos e quarenta e três novos convertidos acrescidos a igreja. Depois que lhe dirigi a pergunta, ele me respondeu:-“venha comigo e lhe mostrarei o motivo de crescimento de nossa igreja”. Subi ao púlpito e perguntou para a igreja, composta naquela noite por mais de setecentas pessoas:-“quantos de vocês já ganharam alguém para Jesus, através de nosso programa de visitações, nesses últimos 12 meses?” trezentas pessoas se levantaram”.

    Ninguém precisa ser um matemático para verificar porque essa é uma das igrejas de mais rápido crescimento em toda América do Norte.

    Não há como negar que precisamos mudar urgentemente o nosso conceito sobre evangelismo. Esses exemplos são provas vivas de que Deus abençoa, sem sombra de dúvida, aqueles que levam sua palavra “de casa em casa, todos os dias”.

    Portanto, meus amados irmãos, que o evangelismo pessoal seja a meta da igreja, e muito mais, que seja a meta para sua vida. “pois somos edifício e lavoura de Deus e precisamos estar crescendo sempre, para a honra e a gloria do Senhor Jesus” (1Co 3.9,14).

    Lembra-se do texto básico? “A palavra de Deus crescia e se multiplicava”. Para que a palavra cresça e se multiplique é preciso nos a levarmos, falarmos a todos sobre a amor de Cristo, da bondade de Deus e da salvação que só o evangelho do Senhor pode oferecer a toda criatura. Nos somos os responsáveis por isto. Deus preferiu contar conosco, entregou esta missão em nossas mãos e nos estamos falhando. Deus está se decepcionando com a igreja dos dias atuais; você e eu somos esta igreja! Vamos cooperar com a expansão do reino do Senhor aqui na terra. Pense seriamente nisto!

 

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Lição 05  -  QUANDO DEVEMOS EVANGELIZAR?

Por: Pr José Mauricio

INTRODUÇÃO- Esta é uma questão interessante e muitos cristãos estão se perguntando: “Quando devo evangelizar?” alguns esperam por uma oportunidade especial: “vou aguardar minha nomeação como missionário”; “aguardo ansiosamente minha chamada missionária” ou “tenho esperança de realizar algumas viagens missionária, ainda este ano”, ou ainda, “tanta vontade que eu tenho de evangelizar e ninguém me dar uma oportunidade”. Existem também, aqueles que dominados pelo conformismo, afirmam: “é, eu sou paciente, e continuarei esperando no Senhor que num futuro próximo me dará oportunidade para  realizar uma grande obra de evangelismo”. E ainda tem os que sempre estão transferindo para os outros suas culpas: “Minha igreja não realiza uma campanha de evangelismo, para que eu possa me envolver”; ‘nunca tem alguém para ir comigo, só eu não vou,”.  E assim caminha a igreja atual!

    Mas, quando será realmente o momento certo de iniciarmos o evangelismo? Quando devemos ir as ruas para proclamar o Reino de Deus aqui na terra?

    O texto básico já nos dá uma visão do momento certo em que devemos evangelizar. Leia outra vez.

    Para compreendermos melhor este assunto vamos ouvir a experiência do missionário Adoniram Judson:

    “Seu pai era pastor de uma igreja evangélica criara seus filhos na autoridade da palavra de Deus. Adoniram era muito inteligente, aos quatro anos de idade já lia capítulos inteiros da bíblia sagrada. Ingressou cedo na universidade e ali diplomou-se, tirando o primeiro lugar na classe. O que parecia  orgulho para os seus pais, tornou-se motivo de tristeza quando souberam que seu filho havia abandonado a fé e se tornado um ateu convicto. Sua mãe começou a chorar nos pés do Senhor a fim de que o Todo-poderoso revertesse aquela situação.

    Um dia Judson estava na casa de seu tio, quando foi abordado por um jovem pregador. Este pregou tão seriamente acerca de sua alma, que ele ficou muito impressionado. Os dias se passaram e aquelas palavras não saíram mais de sua mente.

    Quando ainda estava na faculdade, conheceu Ernesto, o segundo melhor aluno da classe. Os dois se tornaram grandes amigos, fizeram muitos planos para o futuro, traçaram caminhos sem fim.

    Adoniram não estava bem, iniciou uma longa viagem sozinho. Depois de ouvir as palavras do pregador,parecia não ter mais paz. Chegando a noite,hospedou-se em uma pensão. Ficou sabendo que no quarto ao lado havia um moço muito doente. Judson não conseguiu dormir naquela noite. Começou a pensar: “seria o enfermo crente? Estaria ele preparado para morrer?”

    Os ensinamentos da palavra de Deus dados pelos seus pais, as palavras do pregador, tudo isto lhe impede de conciliar o sono. Muito cedo foi informado que o doente morrera. Alguém lhe falou que o moço que o moço havia sido um dos melhores alunos do colégio de Providence, cujo nome era Ernesto! Ao saber da morte do seu melhor amigo ateu Judson ficou arrasado. Voltou para casa transtornado. Desde então, desapareceram todas as suas duvidas acerca de Deus e de sua palavra. Soavam-lhe constantemente aos ouvidos as palavras, “morte”, “perdido”, “inferno”. E assim decidiu com pressa voltar para os braços do Senhor e levar a palavra de Deus antes que fosse tarde demais. Pois estava convicto que havia perdido muito tempo e já era hora der tentar recuperá-lo. Sua primeira missão foi falar do evangelho aos seus amigos ateus para que não fossem surpreendidos pela morte, sem antes conhecerem a verdade, como aconteceu com Ernesto. Teve êxito em seu propósito. Quatro dos seus amigos se juntaram a ele na missão de anunciar a chegada do reino de Deus na terra.

    Assim, Adoniram Judson iniciou seu trabalho missionário. Mais tarde decidiu pregar no estrangeiro e foi conduzido pelo Senhor ao continente asiático, mais precisamente na Birmânia, onde ninguém havia escutado sobre o evangelho. Naquele país havia uma lei assinada pelo monarca da nação que ninguém podia mudar de crença sem que antes fosse condenado a morte.

    Judson entendia que a pregação do evangelho nunca poderia ser deixada para depois. Ela teria que acontecer hoje; amanhã já seria tarde demais. Com muita ousadia e determinação, começou a obra na Birmânia. Em seu coração só havia um propósito: “evangelizar todo o pais”. Sua maior esperança era ver como resultado do seu trabalho, uma igreja ali, com birmaneses salvos e a bíblia impressa na própria língua do pais. Trinta e dois anos depois, após muitas perseguições, sofrimentos, dores, açoites, prisões e varias condenações, Adoniram faleceu, não pelas ,mãos de seus algozes, mas, vencido pela enfermidade, com a idade de sessenta e um anos. Os resultados de seu grande sacrifício, superaram as expectativas. Deixou a bíblia traduzida para o birmanês, sessenta e três igrejas, mais de sete mil cristãos batizados e os trabalhos dirigidos por cento e sessenta e três missionários, pastores e auxiliares.

    Este extraordinário resultado foi fruto da dedicação de um homem que sentia o quanto as boas novas do evangelho deveriam ser anunciadas com urgência. Ele pregava hoje como se fosse o ultimo dia de sua existência, como se não houvesse o amanhã.  Esse também deveria ser o pensamento de todo cristão atual. Cada crente deveria pregar a palavra hoje, como se fosse sua ultima oportunidade aqui na terra. Pois, é a bíblia que afirma: “hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações”

 

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Lição 06  -  QUANDO DEVEMOS EVANGELIZAR? (2ª Parte)

Por: Pr José Mauricio

INTRODUÇÃO- Continuando este assunto, precisamos entender que, como igreja do Senhor, temos pela frente um grande desafio. Quando iremos despertar para aceita-lo? Deixar para amanhã, será muito tarde!

    Vejamos as estatísticas das agencias missionária:

    Há no mundo, hoje, cerca de 2 bilhões e meio de cristãos. A população mundial  está quase alcançando a casa dos sete bilhões de pessoas. Morrem diariamente, uma média de 119 mil pessoas em todo mundo; 4.980 por hora e 165 por minuto. Algumas dessas pessoas bem pertinho de nós. 90% delas,partem sem Deus e sem salvação, ou seja, com destino ao inferno. E o que estamos esperando para começarmos a pregar o evangelho?

    No ano V da nossa era, a população mundial era de 250 milhões de pessoas;  em 1500, quando o Brasil foi descoberto, era de 500 milhões; em 1800, pulou para 1 bilhão; em 1900, apenas um século depois, passou para 2 bilhões; em 1980, já éramos em torno de 4,5 bilhões. Hoje, como já sabemos, estamos alcançando a casa do 7 bilhões.

    Nascem, anualmente, em torno de 62 milhões de pessoas em todo mundo, cerca de 169 mil por dia. Este deveria ser, pelos o número de pessoas  evangelizadas  todos os dias, pela igreja do Senhor. porém essa explosão demográfica não tem sido acompanhada pela evangelização mundial, isto é, nascem mais pessoas no mundo do que a quantidade que a igreja consegue evangelizar. Sendo assim, onde e como fica a missão descrita em Marcos 16.15. Este objetivo fica cada vez mais difícil de ser alcançado. Sabem por que? Porque estamos passando mais tempo de braços cruzados do que realizando o “idem” de Cristo!  E isto tem feito com que o poder evangelizante da igreja se torne cada vez mais decrescente, ou seja, venha diminuindo gradativamente com passar dos tempos. Vejamos a pesquisa a seguir:

    Em 1850, cada grupo de cinco crentes, conduzia um, aos pés de Cristo. Em 1900, quatorze crentes levavam um a Cristo. Em 1919, eram necessários 21 cristãos para conduzirem outro a Cristo. Hoje, são quase 100 pessoas para conduzirem uma aos pés de Cristo.  Uma igreja com 400 membros ganharão apenas 4 para o Senhor Jesus. O mais grave de tudo é que essa estatística refere-se a um ano de trabalho.

    Quando devemos evangelizar?

    Se os argumentos usados até aqui não convenceu, vamos ouvir os escritores da Bíblia:

    Começamos com o profeta Malaquias, que diz: “AGORA, pois suplicai o favor de Deus...” (1.9).  Lucas  escreveu o seguinte: “Mas Deus não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia AGORA a todos os homens, e em todo lugar, que se arrependam” (At 17.30).  Para o ladrão na cruz, Jesus falou:  “HOJE estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43).  O escritor aos Hebreus afirmou:  “HOJE, se ouvirdes a sua voz,não endureçais os vossos corações” (Hb 3.7,8). Paulo exortou os cristãos de Coríntios da seguinte forma: “Eis aqui AGORA o tempo aceitável, eis aqui AGORA o dia da salvação”. Paulo também aconselhou o jovem pastor Timoteo, dizendo: “Pregues a palavra, instes (esteja preparado ou não) a tempos e fora de tempos...” (2Tm 4.2). Salomão nos exorta da seguinte maneira: “Pela manhã, semeia a tua semente e, à tarde, não retires a tua mão...” (Ec 11.6).

    Observamos que a palavra de Deus em nenhum lugar, manda que preguemos amanhã ou deixemos para depois. Devemos pregar agora, hoje, “que ouçam ou que deixem de ouvir” (Ez 3.7).  o tempo de evangelizar é agora porque o amanhã não nos pertence. Em Lucas 16 temos a historia de um homem que se interessou pela salvação dos outros depois de morto, era tarde demais, nada se podia fazer.

    No mundo em que estamos vivendo não podemos ficar aguardando condições ideais para dar inicio ao evangelismo. O dia de hoje é a condição ideal! O pregador afirma: “Quem observa o vento, nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará” (Ec 11.4). o ganhador de almas deve aproveitar todos os momentos e circunstancias para evangelizar, superar todas as dificuldades e vencer todos obstáculos. Isto, “...enquanto é dia, a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (Jo 9.4).

    Queridos irmãos, não podemos deixar para amanhã a tarefa que nos foi confiada pelo Senhor Jesus. Devemos hoje mesmo, agora, cumpri-la com pressa e urgência. Pois, as vidas estão perecendo e estar em nossas mãos a responsabilidade de indicar-lhes o caminho certo!

 

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Lição 07  -  Por que Devemos Evangelizar?

Por: Pr José mauricio

INTRODUÇÃO- Muitos cristãos estão se fazendo esta pergunta: “por que devemos evangelizar?” ou ainda, “porque não esperamos dentro da igreja que os ímpios venham e se convertam?” com esta lição tentaremos responder a essa e outras perguntas, apresentando os principais dos vários motivos existentes, pelos quais deveremos evangelizar.

    1-Devemos evangelizar porque este é um mandamento do Senhor Jesus (Mc 16.15) – Como sabemos, mandamentos são para ser obedecidos. O propósito do Senhor em dar esta ordem, foi para que sua mensagem atingisse toda criatura. Deus ama o ser-humano e por causa deste amor deseja que todos se salvem. Por isto enviou o seu filho Jesus a fim de que esse objetivo seja atingido. O papel de Cristo era fazer a vontade de seu pai. Sendo assim, ele ordenou que seus discípulos continuassem a obra  que iniciou. Jesus nos deu uma ordem, (ide); não nos fez um convite, deu um mandamento. Não é uma opção, mas uma obrigação! Vejamos como Paulo  entendeu as palavras do mestre: “porque se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação e ai de mim, se não anunciar o evangelho!” (1 Co 9.16). Esse texto não significa que o cristão deva pregar a palavra constrangido ou forçado, e sim, por se tratar de uma testemunha do Senhor Jesus, reconhecendo a autoridade da sua ordem e a importância da missão a ele confiada, com muito amor. Paulo trocou sua instabilidade social, uma carreira política e militar brilhante, seu futuro bem traçado e planejado, por uma vida exposta a todos os perigos, incertezas e até morte. Mas, levar esta palavra de salvação era, para ele, o maior privilegio de que precisava. Não há dúvida alguma, que esse mandamento terá de ser obedecido, não importando os sacrifícios a serem feitos.

    2-Devemos evangelizar porque só o evangelho de Cristo tem poder para salvar o homem (At 4.12) – O desejo sincero de todo autentico cristão é ver vidas serem salvas e transformadas pelo evangelho, “que é o poder de Deus” (Rm 1.16). O profeta Joel afirmou: “Há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Jl 2.32). Refletindo sobre essas palavras, Paulo completou: “Como pois invocarão aqueles em quem não creram?  E como crerão naquele de quem n~são ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue?” (Rm 10.14). Somente ouvindo a palavra de Deus é que o pecador irá crer (Rm 10.17). E, só crendo é que ele vai se render a Cristo; e só assim, unicamente assim, se salvará!  Você e eu, portanto, é que somos os elos desse processo. Os ímpios dependem de nós para conhecerem a Cristo. Não importa o quanto os homens sejam bons, atenciosos, religiosos, piedosos e tementes; só chegarão a Deus por Cristo, e só conhecerão Cristo através de nós, seus servos. No livro de Atos há vários casos que exemplificam isto. Dois deles são: “Filipe e o Eunuco” (8.27-33); “Pedro e a conversão de Cornélio com toda a sua família” (10.1-48).

    3-Devemos evangelizar porque é a única condição para o crescimento da igreja. – Todo servo do Senhor deseja ver sua igreja cheia de pecadores arrependidos. Porém, como eles virão?  Sabemos que é só ouvindo a palavra de Deus que o pecador pode crer em Cristo. Este milagre só vai acontecer quando nós formos a eles e anunciar a mensagem de arrependimento. Não nenhuma possibilidade de permanecermos de braços cruzados e a igreja crescer. Vejamos que coisa interessante nos é revelada pelo profeta Ezequiel:  “Através de uma visão ele contemplou um grande vale, repleto de ossos secos ( o mundo). Deus mandou que ele profetizasse sobre os ossos. Em seguida, como resultado da palavra que estava sendo anunciada, cada osso começou a ajuntar-se ao seu osso; vieram os nervos; cresceu carne e por fim, o espírito de vida veio sobre eles. Aqueles ossos viveram, formando assim, um grande exercito” (Ez 37.1-10).  Em todo o processo houve a participação do homem de Deus. O grande exercito para compor as fileiras celestiais estão lá, no mundo sem vida e sem salvação e é preciso que nós possamos ir e profetizarmos sobre eles a fim de que a vida de Deus, que está em Cristo Jesus, seja derramada sobre eles. Só assim haverá um grande crescimento da igreja do Senhor, aqui na terra!

    Estes são os três primeiros motivos pelos quais devemos evangelizar. Ainda existem dois e iremos vê-los na próxima aula.

 

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“UMA IGREJA COM PROPÓSITOS”

 

 

Lição 08  -  Por que Devemos Evangelizar? (Parte 2)

Por: pr José mauricio

 

INTRODUÇÃO- Vimos na lição anterior que devemos evangelizar “porque é um mandamento do Senhor Jesus”, “porque só o evangelho de Cristo tem poder para salvar o homem” e ainda “porque a evangelização é a única condição para o crescimento da igreja”.  Hoje, iremos descobrir mais dois motivos pelos quais devemos evangelizar. São eles:

    4-Devemos evangelizar porque o mundo sem Jesus está perdido (1Jo 5. 19). – Com a entrada do pecado no mundo, o diabo tornou-se o deus deste século (2Co 4.4). e o príncipe deste mundo (Jo 14.30; 16.11). Assim, os homens estão sob seu domínio, cada vez mais se afastando de Deus. A situação é caótica e só os salvos em Cristo têm nas mãos o antídoto que irá salvar esta humanidade contaminada por este terrível vírus. Este antídoto é Jesus, não há outro remédio (At 4.12). E se ficarmos de braços cruzados todos perecerão. Através do profeta Isaias Deus pergunta a seu povo: “A quem enviarei e quem há de ir por nós?” (Is 6.8). muitos cristãos estão se fazendo de surdos para não ouvir esta convocação do Senhor. isto porque não temos a visão terrível das almas condenadas, caminhado nas trevas em direção a um abismo profundo. Então, vejamos o que nos relata uma certa missionária:

    “Tive uma visão a noite... parecia-me estar em uma planície coberta de ve4jetação. A meus pés abria-se um abismo de profundidade infinda. Olhei, sem chegar a divisar o fundo. Flutuavam nas profundidades formas negras e grotescas. Dei um passo para trás, quase perdendo o equilíbrio. Então vi a silhueta de pessoas que andavam em fila pela grama. Todas se dirigiam para a borda do precipício. Ali chegando, davam passos no vazio, atirando-se precipício a baixo. Depois, vi muitos outros que vinham de todas as partes. Todos estavam cegos; todos avançavam diretamente para o abismo profundo, alguns gritavam de desespero. Outros agitavam os braços, procurando agarrar-se a alguma coisa firme, porém , somente os rodeavam o vazio. A maioria, no entanto, rodava para o precipício em silencio, sem gritar. Fiquei assombrada porque ninguém os detinha. Eu não podia fazê-lo.  Estava grudada ao solo e não podia chamar ninguém.  Depois, observei ao longo da margem que havia algumas sentinelas. Mas, a distancia entre eles eram muito grande e ninguém protegia estes espaços vagos. Eram nestas brechas que as pessoas se despenhavam para o abismo. A seguir observei como remanso de paz, um grupo de pessoas sob algumas arvore, que, com as costas voltadas para o abismo, faziam ramalhetes de margaridas. Às vezes, quando o grito desesperador fendia o ar e lhes chegavam aos ouvidos, isto as perturbavam. E se uma delas se encaminhavam para ajudar, logo todos os outros as impediam. –“por que abala-se? Você ainda não terminou de fazer seus ramalhetes!”

    Havia outro grupo, cujo principal desejo, era enviar mais sentinelas. Mas descobriram que poucos desejavam ir. E por isso não havia sentinelas numa distancia de vários quilômetros ao longo da borda do precipício. Em um momento vi um jovem que se sustentava agarrado a um galho bem na beira do abismo. Segurando com as duas mãos. Pedia auxilio, ninguém o socorria! Depois o galho cedeu, o jovem se precipitou no vazio.

    Um grupo distante cantava o que parecia um hino. No meio,  ouvia-se algo como se os sofrimentos de um milhão de corações quebrantados se condensassem em um soluço. E o horror da grande escuridão me rodeava, visto que eu sabia o que era: “era o grito do sangue das multidões”. Depois ressoou uma voz, era a voz do Senhor que dizia: “Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama da terra a mim”. Despertei! (Amy Carmichel, em, “As coisas como são”)

    Será que alguém ainda terá coragem de perguntar: “por que evangelizar?”.

     5-Devemos evangelizar porque é um privilégio de cada salvo (Mt 10.32) – Deus não necessitava do homem para pregar sua mensagem de salvação. Poderia ter falado diretamente aos corações, individuais; poderia ter empregado os anjos, o vento, as ondas. Tudo está sob suas ordens. Porém ele preferiu contar conosco. Este é o maior privilegio do crente. Que satisfação! Que alegria!  Poder cooperar com Deus na missão de ganhar almas para o seu reino. Fomos escolhidos por ele para este trabalho (Jo 15.19). E Deus “... pôs em nós a palavra da reconciliação: de sorte que somos embaixadores da parte de Cristo...” (2Co 5.19,20).  Portanto, façamos jus a este grande privilegio, levando a mensagem da cruz para as almas perdidas, arrebatando-as do fogo da condenação1 (Jd 23).

    Queridos irmãos, não há dúvida de que precisamos, com urgência, nos apegarmos a estes motivos e descruzarmos os braços, a fim de que o evangelho de Cristo possa resgatar as almas perdidas, que caminham a passos largos para a destruição.

 

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Lição 09  -  Qualificações para um bom evangelista

Por: Pr José Mauricio

INTRODUÇÃO- Existem características próprias para cada pessoa que vai exercer qualquer tipo de trabalho. Para o evangelista pessoal não deixa de ser assim. Há algumas condições necessárias para que o cristão se torne um prospero ganhador de almas. As principais qualificações são:

    1-CONVERSÃO GENUÍNA – Jesus disse para Pedro: “... e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos” (Lc 22.32). é claro que nenhuma pessoa poderá pregar o evangelho sem que antes tenha nascido de novo. Existem por ai alguns que estão tentando fazer isto; é o caso dos carismáticos, dos espíritas, etc. como alguém poderá falar de algo que nunca provaram? A mensagem do evangelho só alcançará as vidas se sair de um coração transformado pelo poder de Deus e cheio da graça do Senhor. Paulo afirmou: “Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele” (Cl 2.6). então, primeiro deve haver uma verdadeira conversão.

    2-TER BOM TESTEMUNHO – o padre Antonio Vieira, no sermão da sexagésima, falou: “Palavras sem obras são tiros sem balas; atiram mas não ferem”. O apostolo Paulo recomendou ao seu filho Timoteo: “Convém que tenha bom testemunho dos de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo” (1Tm 3.7). o bom testemunho já é uma grande pregação. Nos dias atuais, a falta dele tem danificado seriamente a obra da evangelização, cooperando para a expansão do reino das trevas. Por isso Jesus ensinou: “Vos sois o sal da terra... vos sois a luz do mundo... assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso pai, que está nos céus” (Mt 5.13-16).    O bom testemunho torna-se essencial na vida de um evangelista.

    3- AMOR PELAS ALMAS – muitos cristãos não se inquietam com a terrível condição deste mundo. Vivem indiferentes com as centenas de vidas que morrem todos os dias, sem Deus e sem salvação. O amor é a força invisível e poderosa do bom evangelista. Este amor fluiu diretamente de Deus, que é sua fonte (1 Jo 4.8). Cristo foi a prova maior do amor de Deus pela humanidade, que nos convidou a permanecermos nete amor (Jo 15.9). foi por amor que Jesus deu sua própria vida em favor dos homens, ele mesmo falou: “Ninguém tem maior amor que este, de dar sua vida pelos amigos” (Jo 15.13). Os discípulos influenciados por este amor, doaram, também suas vidas em favor do evangelho. E no decorrer dos séculos muitos têm seguido este exemplo. Vejamos as palavras de alguns evangelistas do passado: (Henrique Martym) “Agora, Senhor, quero arder até me consumir inteiramente por ti”. (John Knox) “Dá-me a Escócia ou morrerei”. (Whitefild) “Se não queres dar-me almas, retira a minha vida”. (Hyde) “Pai, dá-me estas almas ou morro”.

    Um bom evangelista deve deixar este amor invadir seu coração, a fim de que ele possa levar a salvação do Senhor a todos os perdidos.

    4- CONHECIMENTO DA PALAVRA DE DEUS – Como alguém pode pregar as verdades da Bíblia se não conhecer as palavras ali escritas?  O jovem Timoteo foi instruído da seguinte maneira: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (1 Tm 2.15). o conhecimento da palavra de Deus é um dos requisitos indispensáveis na vida de um ganhador de almas. Ele deve ser instruído nesta palavra. Por trás de um grande evangelista, iremos sempre encontrar um celebre estudante  das escrituras. Vejamos: Moody tinha o costume de se levantar as quatro da madrugada, todos os dias,  a fim de estudar a Bíblia. O resultado desse sacrifício diário foi “um milhão” de vidas entregues as Cristo.  Spurgeon, o príncipe dos pregadores, também se destacou pelo estudo da Bíblia. De sua biografia extraímos o seguinte: “Spurgeon recebia fogo do céu, estudando a Bíblia, horas a fio, em comunhão com Deus”.

    O advogado Carlos Finney não conhecia Deus. Porém, nos seus livros de advocacia haviam muitas citações bíblicas. Ele, então, sentiu-se atraído por aquele livro. Comprou um exemplar e descobriu mais do que imaginava. Tornou-se o apostolo do avivamento. e nos anos de 1857 e 1858, foram mais de 100 mil almas para o reino de Deus, através de seu trabalho evangelistico.

    O evangelista só terá êxito quando adquirir um profundo conhecimento da palavra de Deus e nela meditar de dia e de noite. E assim, levar muitas almas aos pés de Cristo, “... mostrando pelas escrituras que ele é o Senhor” (At 18.28).

    5- VIDA DE ORAÇÃO – já falamos sobre a importância da oração para o evangelismo. Aqui iremos apenas acrescentar que, quando o evangelista vive em oração, com certeza seu trabalho terá grande resultado. Só através da oração que ele se encherá do Espírito Santo e estará apto a realizar sua tarefa..

    Afinal, só pela oração o cristão manterá sua convenção genuína, dará bom testemunho, sentirá ardente amor pelas almas perdidas, se aprofundará no conhecimento da palavra de Deus e estará pronto para atender a ordem de Cristo que diz: “Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15)

    Em  resumo, a oração é o maior é o maior requisito na vida de um evangelista!

    Que o Senhor nos abençoe e que possamos por em pratica estes requisitos, a fim de nos tornarmos celebres ganhadores de almas para o reino de Deus.

 

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Lição 10  -  O EVANGELISTA E A SUA RECOMPENSA

Por: Pr José Mauricio

INTRODUÇÃO: O primeiro grande elemento essencial na conquista de almas é ir em busca dos pecadores! Esta é a parte mais simples da conquista de almas, mas, exatamente onde a maioria falha. As pessoas podem chorar, orar, ler a bíblia, ir a igreja todos os dias, manter um culto domestico, dar o dizimo, pagar suas dividas honestamente e mesmo assim sua própria família ir para o inferno junto com todos seus amigos à sua volta, porque simplesmente ela não vai atrás deles, não leva a palavra do evangelho, não tenta conquista-los urgentemente para Cristo. Ninguém se torna ganhador de almas sem estar disposto a se empenhar para isto. Todos os esforços serão ricamente abençoados por Deus. Daí, para os que nunca se esforçam , nunca vão  conseguir salvar pessoas. Falando em esforço, vejamos as palavras do evangelista Davi Livingstone, pronunciadas em 1857, para um enorme grupo de jovens acadêmicos: “Por minha parte, nunca cesso de me regozijar por Deus ter-me apontado para tal oficio. O povo fala do sacrifício de eu passar tão grande parte da vida na África. Será sacrifício pagar uma pequena parte da divida, dessa divida que nunca poderemos liquidar, do que devemos ao nosso Deus? É sacrifício aquilo que trás a bendita recompensa de saúde, o conhecimento de praticar o bem, a paz de espírito e a viva esperança de um glorioso destino? Longe esteja tal idéia! Digo com ênfase: não é sacrifício... nunca fiz sacrifício. Não devemos falar dos nossos sacrifícios, ao nos lembrar do grande sacrifício que fez aquele que desceu do trono do seu Pai, nas alturas, para se entregar por nos?”

    Todo sacrifício já foi feito pelo Senhor Jesus. A nós coube a parte mais fácil e simples; testemunhar desse grande sacrifício a todos que estão em nossa volta. Só existem dois grupos de pessoas no mundo: “As que ouviram o evangelho e as que nunca ouviram falar dele”.  Se as que ouviram e creram se recusarem a falar as que nunca ouviram, porque isto representa um grande sacrifício, muito esforço, com certeza as do segundo grupo vão para o inferno. Por este motivo precisamos ir em busca das almas perdidas. O escritor de provérbios afirma: “Liberte os que estão sendo levados para a morte; socorram os que caminham trêmulos para a matança!” (Pv 24.11-NVI). Somos responsáveis pela nossa geração; ela está caminha para a morte, a destruição é o futuro que lhe aguarda. Estão indo para a matança e precisamos socorre-la com pressa!

    Para isto, precisamos vencer o cansaço, a frieza, a timidez; toda dificuldade. Atender ao apelo do Senhor que diz:  “Sai pelos caminhos e valados e força-os a entrar, para que a minha casa se encha” (Lc 14.23).  não há obstáculos que possa impedir essa missão. Por maior que pareça ser o sacrifício, não temos escolha, esta é a nossa responsabilidade e dela depende o crescimento do reino de Deus aqui na terra. De uma coisa porem, devemos estar certos, “Deus nos recompensará!” “O nosso trabalhonão será vão no Senhor” (1 Co 15.58). No entanto, só os vencedores serão recompensados. E o vencedor é todo aquele que recusar-se a conformar-se com a injustiça e a maldade deste mundo; o vencedor vive a proclamar as verdades eternas e a ensinar os padrões da palavra de Deus, por amor a Cristo (1Co 17.17-18).

    O apocalipse nos revela o galardão exclusivo dos vencedores: “Comerá da arvore da vida” (2.7); “Não sofrerá o dano da segunda morte” (2.11); “Terá autoridade sobre as nações” (2.26); “seu nome não será removido do livro da vida e será honrado por Cristo diante do Pai e dos anjos” (3.5); “Permanecerá com Deus no seu templo, terá sobre si o nome de Deus, de Cristo e da nova Jerusalém” (3.12) e “será para sempre filho de Deus (21.7).

    Nesta vida, porem, a maior e melhor recompensa que pode existir é a alegria de podermos ver uma pessoa salva, transformada através da mensagem que saiu de nossos lábios. Alguém que por nos foi conduzido a Cristo e hoje se regozija por ser um servo do Senhor. este é considerado como o maior galardão do ganhador de almas, na vida presente. Este sentimento invadiu o coração do pastor quando achou na ovelha desgarrada: “Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida” (Lc 15.5,6).  O próprio Cristo afirmou: “Há alegria no céu quando um pecador se arrepende” (Lc 15.7). imagine a alegria que há no coração daquele que levou este pecador ao arrependimento!

    Por estes e outro motivos que já vimos no decorrer deste curso, vamos, ainda hoje, trabalhar por esta recompensa enquanto é dia, “A noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (Jo 9.4). “Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás” (Ec 11.1). Vamos pregar “a tempo e fora de tempo” (2Tm 4.2). faça a obra de um evangelista. As possíveis aflições que possamos sofrer “Não são para comparar com a glória que em nós será revelada” (Rm 8.18). “Bem aventurado aquele servo a quem o Senhor, quando vir, achar fazendo assim” (Lc 12.43).

 

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